Desertos de notícias reduziram 15,5% durante a pandemia no Centro-Oeste

  • Região Centro-Oeste apresenta a menor concentração de desertos de notícias, com 29,1%.
  • Goiás, apesar da proximidade com o Distrito Federal, é o estado da região com maior área desértica (39,8%).
  • Rádio registra crescimento e segue como o segmento mais representativo com 723 empresas mapeadas.
  • Mato Grosso tem a maior quantidade de empresas jornalísticas por habitante do Brasil. São 22 veículos para cada 100 mil habitantes.

O Atlas da Notícia, o mais completo censo sobre o jornalismo local no Brasil, teve como objetivo principal nesta quinta edição os desertos de notícias brasileiros, que totalizou 3.280 municípios na edição anterior do censo, publicada em janeiro de 2020. Nesta edição do Atlas da Notícia, a região Centro-Oeste registrou queda de 15,5% de desertos de notícias. Mesmo com este crescimento significativo de empresas jornalísticas, a região tem ao todo, ainda, 136 municípios desassistidos de cobertura jornalística local.

Os dados da região foram encontrados por professores de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso. Foi um trabalho intenso de checagem. Todos os municípios de três estados desérticos foram analisados. O acesso às informações foi o grande desafio dos voluntários. Uma estratégia constituiu computadores, meios de ferramentas locais, em órgãos possíveis como prefeituras, câmaras de autoridades, hospitais e comércios locais em pequenos, empresas de empresas de telefones de pesquisas. As jornalísticas identificadas, em pesquisa, foram contatadas para preenchimento e inserção na base de dados do Atlas da Notícia.

Com o presente, constata-se que 2% dos municípios não informados do Centro-Ocenso de informações locais, ou seja, os sites de notícias de informações locais foram informados, ou sejam, são informados de informações locais. Em Goiás, por exemplo, há o município de Aurilândia, com 3.058 habitantes de acordo com o IBGE, que é atendido pela Rádio Sucesso FM , com sede em São Luís de Montes Belos. Um outro exemplo é o município de Cristianópolis, com 2.964 habitantes, que não tem imprensa local e recebe o sinal de televisão de Goiânia. O jornalismo local é uma das ferramentas para o entendimento de problemas e processos das comunidades.A quilômetros de comunicação entre municípios e Goiânia é de 90, o distanciamento geográfico há uma diferença socioeconômica além de uma distância debatidas por grupos pertencentes aos jornais locais, por isso a distância da representatividade das empresas locais.

Dados gerais da pesquisa

O Centro-Oeste segue como a região com menor concentração de desertos de notícias (29%), o principal motivo para essas questões é a distribuição das empresas noticiosas em Mato Grosso do Sul, com 90% dos municípios com a imprensa local. Em contrapartida, o estado de Goiás, apesar da proximidade com o Distrito Federal, é o estado da região com maior área desértica (39,8%).

Ainda neste levantamento, o Mato Grosso tem a maior quantidade de empresas jornalísticas por habitante, posição ocupada desde a edição passada do Atlas da Notícia. São 22 veículos para cada 100 mil habitantes. Há uma concentração significativa da imprensa em Cuiabá, capital do estado.

Rádio na cobertura jornalística durante a pandemia

Embora nesta quinta edição do Notícia o jornalismo online tenha dedo nacionalmente, no Centro-Oeste a liderança ainda segue sendo das rádios que, inclusive, registra crescimentos e estratégias de cobertura durante a pandemia. São ao todo, 723 rádios, 620 sites de notícias, 379 jornais impressos e 213 emissoras de televisão.

Municípios como Rochedo (MS), Alto MT), Barão de Rádio Boa Vista (MT), Nova Vista Cerda (MT), Acampamento de Rádios de Goiás (GO) e Cidade Ocidental (GO) de ser desertos noticiosos com uma implantação de rádios com parte da programação destinada ao jornalismo local. Como os rádios tiveram importância para a população os cuidados durante a prevenção e combate ao coronavírus. Debates sobre e detalhes sobre o cronograma municipal de construção da programação da rádiofônica. Em municípios pequenos da região Centro-Oeste, com cobertura limitada de internet, o rádio e rua são as vias mais utilizadas e eficientes, ainda hoje.

Como rádios comunitárias, sem programação jornalística local, não entram na estatística do Atlas da Notícia como empresas jornalísticas. Exatamente aí, há um forte potencial para o desenvolvimento de cobertura de acontecimentos locais. Parcerias e investimentos no meio ambiente de notícias locais podem ser uma solução viável para melhorar o acesso ao interesse e o debate de questões de interesse público em localidades, onde apenas uma rádio comunitária de informação. Nos municípios, como: Abadiânia (GO), Alto Horizonte (GO), Aparecida do Rio Doce (GO), Tacuru (MS) e Vicentina (MS) há rádio comunitária com programação exclusivamente musical e, portanto, são localidades que seguem enquadradas como desertos de notícias,

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Colaboradores

O Atlas da Notícia está na quinta edição brasileira e sempre teve a colaboração de voluntários para construir uma base de operação e representante do jornalismo. Essas informações são utilizadas para estudos subsidiários, novas pesquisas e pesquisas. O objetivo é contribuir com iniciativas, ideias e soluções que busquem fomentar o jornalismo, especialmente no nível local.

Colaboraram na quarta edição do Atlas da Notícia os seguintes voluntários:

Áurea de Fátima Rodrigues da Silva
Danielle Tavares Teixeira
Diego Augusto Alves Damasceno
Eveline dos Santos Teixeira Baptistella
Fernanda Tauana de Oliveira
Gabriella Luccianni Morais Souza Gabriella Souza
Hanelise da Silva Brito
Jéssica Ester da Mata Soares
Karollyne Cassia Duarte Pereira
Lais Queiroz Ribeiro
Lygia Cristina Menezes de Lima
Maria Eduarda Ricardino Rachel Simplicio
Maria Gabriela Pimenta do Val
Nivia Santos Menegat
Pérola Kayse Serafim Menezes
Rogério Borges

E com o apoio das seguintes instituições:

PUC GO
Unemat (MT)
Uniderp (MS)


Angela Werdemberg - Jornalista, mestra em comunicação e doutoranda em Estudos Midiáticos. Coordenadora do Atlas da Notícia na região Centro-Oeste e professora na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp).